A construção das Linhas de Torres Vedras provocou impactos vários sobre os habitantes locais, nomeadamente pela requisição de recursos materiais (madeiras, terras), e pela demolição e ocupação de casas. Em 1815 foi feito um levantamento e avaliação de todos os prejuízos causados pela construção das Linhas de Torres Vedras. No distrito de Torres Vedras (Runa - Foz do Sizandro) foram identificados os seguintes "prejuízos" entre 1810 e 1813, a maioria deles efectuados sob as ordens dos engenheiros militares ingleses:
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Corte de àrvores:
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2846 pinheiros
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4 pinhais (sem número de àrvores abatidas definido)
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"Alguns" pinheiros de um pinhal junto a Torres Vedras
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72 pés de oliveira
Remoção de terras:
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1904 varas de comprido e 606 de largura de terra para cultivo
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"Uma terra que leva de semeadura 4 algueires."
Demolição e ocupação de casas:
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1 casal demolido, do qual foram transportadas 200 carradas de pedra
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"Umas casas e palheiros" demolidos para ser ocupado o terreno com a construção do Forte de S. Vicente
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Uma pequena casa ocupada para servir de armazém de ferramentas ao reduto n.º 22
No documento de levantamento e avaliação dos prejuízos [cota: Arquivo Histórico Militar-DIV-1-16-046-22 digitalizado e acessível em http://infogestnet.dyndns.info/infogestnet2007/ (imagens 27 a 37)] estão registados o nomes dos 26 proprietários expropriados, o fim para que foram usados os bens expropriados e o valor da avaliação dos mesmos, num total de 2252.600 reis.
1 comentário:
Ainda não havia a "Quercus"... ;-)
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